Greicia Malheiros da Rosa Souza (centro) conduz reunião |
O objetivo de
se tornar um espaço permanente, aberto e plural para o debate sobre os impactos
negativos dos agrotóxicos e transgênicos na saúde do trabalhador, do
consumidor, da população e do ambiente foi alcançado com êxito pelo Fórum
Catarinense de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos e Transgênicos (FCCIAT). O
reconhecimento desse relevante papel já ficou transparente em seu primeiro ano
de fundação, celebrado na palestra-reunião realizada no dia 29 de janeiro de 2016, com
a presença de dezenas de lideranças da sociedade civil, fiscais agropecuários e
sanitaristas, de agentes do setor regulado e do Governo do Estado, representado
pelo Secretário Adjunto de Agricultura, Airton Spies.
“Temos que
mover o ponteiro da agropecuária na direção do desenvolvimento sustentável.
Afinal de contas, temos a missão importante de corrigir o passivo e o legado desestruturante
das últimas décadas, muitas vezes decorrente da falta de informação, e
construirmos uma agricultura sustentável. O Estado de Santa Catarina já fez
muito progresso, mas ainda tem muito terreno para conquistar. E acredito que
esse é o intento do Fórum, que traz a sociedade para o campo de debate
democrático, responsável, consciente e, acima de tudo, baseado em princípios
técnicos e científicos”, disse Spies.
Spies (Sec. Agricultura) defende desenvolvimento sustentável |
Na palestra
sobre regulação de agrotóxicos, o pesquisador Luiz Cláudio Meirelles, que foi
Gerente de Toxicologia da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), abordou
toda temática do Dossiê Abrasco, publicado pela Associação Brasileira de Saúde
Coletiva, que traz um fundamentado alerta de pesquisadores, professores e
profissionais com a escalada ascendente de uso de agrotóxicos no país e a
contaminação do ambiente e das pessoas, resultando em severos impactos sobre a
saúde pública.
"O glifosato, que é o produto mais utilizado no
país com cerca de 30% do total do comércio, até recentemente era considerado pelo Agência
Internacional Pesquisa do Câncer (IARC), ligada à Organização Mundial de Saúde (OMS),
como um produto inócuo do ponto de vista do efeito crônico. Após muitas
pesquisas e estudos independentes, o IARC classificou como provável
carcinogênico”, assinalou Meirelles, para complementar: “Isso coloca um enorme
desafio para os órgãos da Agricultura sobre como resolver o problema, porque do
ponto de vista da nossa legislação, o glifosato já deveria estar proibido”. São
temas polêmicos como esse que estão na pauta de discussões do FCCIAT e que
precisam ser enfrentados por todos os segmentos da agropecuária
Luiz Cláudio Meirelles aborda regulação de agrotóxicos no Brasil |
Uma grande palestra de um Homem conhecedor do que fala e um alerta para toda a população do grave risco de saude fisica e mental que todos os brasileiros estão passando pelas mãos corruptoras das transnacionais do veneno!
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